Tuesday, May 15, 2007

glory box



Embaciaste-me a cara com a tua respiração sôfrega... Depois, passaste a mão para voltares à tua nitidez translúcida e, com isso, apagaste-me a memória. A tua clarividência foi-se tornando mais nítida à partida do momento em que a minha se ia perdendo... Esgotaste-me os sentido e foste embora!
Reinventei um espaço, um nome, dias... reinventei-me à pressa. Agora existes-me com menos frequência quando te peço "Deixa-me ir..." mas continuas a prender os dedos nas presilhas das minhas calças... continuas-me a embaciar os ombros... continuas a prender-me contra o teu peito quando sussurras... Por isso, peço-te mais uma vez: "Deixa-me ir..."

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